terça-feira, 3 de março de 2009

Um chico buarque Qualquer

Você me fez beber cachaça. E também me fez fumar cigarros mentolados, daqueles que deixam um gostinho refrescante na boca.
Você fez com que eu me transformasse em uma antítese de mim mesmo, e não apenas por causa dessas e de outras mudanças nos meus hábitos seculares.
Você brinca com os sentimentos dos outros, e fez exatamente o mesmo comigo. E acha que tudo vai ficar por isso mesmo. Será que vai mesmo? Eu, de todo o coração, adoraria que não.
Você transforma a vida dos outros em pura desgraça com um mero estalar de dedos. Faz com que o coração dessas pessoas palpite em ritmo desesperado, e nada faz para que haja algum conforto e alívio para essas pobres almas.
E agora quer jogar esse mesmo jogo sujo comigo? Ah, mas não vai mesmo! Sinto muito, estás perdendo o seu tempo se pensas uma coisa dessas. Aqui você não encontrará um alvo fácil. Aqui não é o seu lugar. Aqui quem manda é a minha pessoa. Você é uma eterna forasteira neste território hostil. Você tem vinte e quatro horas para deixar esta cidade deserta do meu coração, e nem um segundo a mais.

23:59:59
23:59:58
23:59:57

Começou a minha contagem regressiva. Acho bom você não continuar aí parada. Esta cidade é pequena demais para nós dois. E assim o seria de qualquer maneira, mesmo que fosse a cidade do México e tivesses uma Fuca.

Um comentário:

ELENA BARROS disse...

Desisto. O título induzia a um homem; eis q ao final percebo vc falando para uma mulher. São novamente akelas figuras grudadas no quadro da Santa Ceia, cheirando a mofo e Leite de Rosas? Então prefiro mesclar-me à ignorância de meu amigo Aparício...finge q não entendi nada e nem comentei.