quarta-feira, 18 de março de 2009

O RADICAL LIVRE DO PROFISSIONAL LIBERAL

Estamos conversando com aquele sujeito que veio de muito longe, falando justamente sobre loucuras e escapes. Sobre criar uma realidade paralela com o intuito de sublimar todas as suas ( e não tuas, veja bem) frustrações e desejos reprimidos.

Parece estranho para ti? Dá a impressão de que estou querendo relatar sobre algo referente à minha própria pessoa, mas que estou sem coragem de fazê-lo? Bah, esqueça. Se você acha isso, então recomendo que nem se dê ao trabalho de continuar lendo o restante desta epístola aqui presente.

Eu sou um legítimo representante do que há de melhor na raça humana. Uma pessoa sem defeitos, e sem nada para esconder dos meus (dizem, apesar de eu não concordar) semelhantes. Eu moro na barra da cidade. Não confundir com a Barra da Tijuca. Eu não sou vizinho de Francisco Buarque de Hollanda Morelembaum. Eu não beijo a boca do Caetano Veloso. Eu não sou um daqueles hippies que dançam um forrozinho. Eu estou imbuído de uma paixão pela minha arte e pelos meus ídolos que ninguém mais parece ter nos dias atuais. Eu posso até mesmo fazer chover, se você permitir que eu exerça o meu exibicionismo latente.Eu estou acima de tudo e todos, e ai de quem se meter comigo.

O momento é de sal, não é de açúcar. É de bicarbonato de sódio, e não de essência de baunilha. É de número cinco, e não de número oito. É o caule da planta, e não o parênquima. São os cilindros do motor, e não o virabrequim.Ninguém mais sabe o que é e o que não é, ou então o que é e o que nunca deveria ser. Ou a coisa que não deveria ser. Cuidado que a qualquer momento o frenesi pode te pegar. E o desconforto será imenso.O que logicamente te provocará uma tremenda má sorte.

Tens medo do horror? De bruxas, sacis, lobisomens, boitatás, curupiras, caiporas, animais do Instituto Butantã, mulheres de branco, negrinhos do pastoreio, Ênio e Beto, aberturas antigas do Fantástico, aranhas caranguejeiras, costeletas flamejantes, entre outros? Fica não só a pergunta, mas também instaurado o horror psicológico.

É tomar cuidado com tudo e todos. É não confiar em ninguém, como já diziam os portugueses há muito tempo atrás. E não se pode nem dizer que estamos revivendo os dias da revolução francesa, basicamente por dois motivos: primeiro que um dia só tem vinte e quatro horas, e uma vez que acaba-se a sua vigésima quarta hora, já era. Inicia-se então um novo. E em segundo lugar, não estamos na França, acredite se quiser.

Um comentário:

ELENA BARROS disse...

Tens medo da véia da Aveia Quaker?