sexta-feira, 27 de março de 2009

rumos e aprumos

Chora Leblon, chora a Muda, chora a Covanca, chora todo o Rio de Janeiro. Aliás, todo o país, para ser mais exato. O Chico Buarque morreu...

Franscesco Buarque de Hollanda Morelembaum III. O malandro, o romântico, o poeta, o artista no mais amplo sentido da palavra. Nariz de platina, mas um coração de ouro. Poeta de várias gerações, herói de uma hora.

Morreu da mesma forma que adorava levar a sua vida. Foi encontrado na madrugada de ontem (05/06/2008), em uma água furtada em Vila Isabel. Peritos confirmaram que o menino sonhador de olhos de ardósia passou sua última noite numa autêntica bachanalia de jovens mulheres, prazeres etílicos, barbitúricos mil, e o pozinho branco responsável pela constituição metálica das suas vias nasais.

Idealista, não tinha medo de lutar pelas coisas em que acreditava. Tanto é que no já distante ano de 1964 não titubeou em participar, junto a Elis Regina e Gilberto Gil (igualmente saudosos gênios da nossa tão cantada e encantada Música Popular Brasileira) da Passeata contra o uso da guitarra elétrica em nossa música. Bons tempos aqueles...

Parece uma feliz coincidência o local da morte de nosso querido Chiquinho. Vila Isabel, bairro carioca que se notu notório por dois grandes poetas que deixaram belas canções e muitas saudades: Noel Rosa e Martinho da Vila.

Chiquinho, acho que já sabias disso enquanto vivo estava, mas de qualquer forma reforço aqui a afirmação de que nós, todos os brasileiros, somos e sempre seremos seus fãs.

“O homem morre, mas o seu legado para sempre permanece. E muda o mundo a cada vez que é cantado ou sequer citado.” ( Décio Pitinnini)

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