quinta-feira, 26 de março de 2009

eu espero que não o faça

Hoje vamos falar sobre um assunto sempre presente nas letras de Pete Hamill, o vocalista do Van der Graaf Generator: o meio tempo entre a morte e a reencarnação.

Dia desses senti-me como Duarte, o personagem de José Wilker (o esquisito que satisfaz) na novela Roque Santeiro, cuja versão aprovada pela Censura foi ao ar na tv brasileira em meados dos anos 80.

Como assim senti-me como ele? Simples. Nessa novela Duarte (personagem do esquisito que satisfaz, como já foi citado anteriormente) divertia-se ao ler estórias de cordel falando sobre a vida e morte de Roque Santeiro. O toque de elegância é que o tal do Duarte era na verdade o Roque Santeiro disfarçado, como todos viriam a saber depois, com o desenrolar da trama.

Pois no tal dia ao qual me referi um pouco acima passou pelas minhas mãos um livro espírita que contava a estória supostamente verídica de um rock star viciado que morreu de (adivinhem?) overdose.

Não me senti de forma tão similar ao Duarte pois eu não era o tal rockstar morto. E havia outro fator que me distanciava mais ainda de tal personagem: o fato de eu não transar drogas. Se eu fôr drogado, só se fôr de tanta lucidez. Só assim.

Mas a tal estória era no mínimo hilária. Não me lembro dela com detalhes, mas recordo-me de que o tal rockstar (eles usaram um nome fictício pra esconder a sua verdadeira identidade) de fato penou, comendo o pão que o diabo (aqui neste caso o seu vizinho) amassou.

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