- Sabe? Eu não gosto desse você hipotético.
- Como é que é? Você não gosta de mim?
- Não, você não me entendeu. Eu quero dizer desse "você" que as pessoas usam a torto e a direito. Por exemplo: quando você tá perto de entrar de férias você pira.
- Ah, eu piro mesmo.
- Bom, isso é o que eu menos importo. Você me entendeu?
- Sim, sim, eu só estava aproveitando um chiste. Por exemplo: quando você é indiano você tem as vacas como animais sagradas. Acertei?
- Sim, é exatamente isso mesmo. Aproveitando mais um chiste, se você diz isso para mim até soa menos hipotético, já que de fato eu sou indiano.
- Ah, isso é um fato. Mas agora me conte sobre as suas viagens pelo mundo.
- Tudo bem. Abrirei parênteses e contarei na terceira pessoa do singular, como um bom selvagem.
- E se você fizesse essa narrativa na terceira pessoa do plural, como seria?
- Bom, aí eu pareceria o canhoto, que fala através de várias pessoas.
- Entendi. Como o Pelé, o Ringo Starr e Rodolfo García, o baterista da excelente banda argentina Almendra?
- Não esse tipo de canhoto. Usei um eufemismo para me referir ao inimigo.
- Ah, sim, captei.
- Então, prossiga.
quarta-feira, 4 de março de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Vida bandida mesmo...
Postar um comentário