domingo, 29 de março de 2009

banquete a quem aprouver passar vexames

A sua baixeza, a sua vildade... abundam e assustam a qualquer um que passa. És o terror de todos os transeuntes!

Por sua causa, estou aqui. Neste estado em que atualmente me encontro... um reles poetinha. Mais um chato de plantão, segundo o seu linguajar. Mas, paciência. Se não queres dar um real por estas mal traçadas linhas xerocadas que te ofereço, então não precisas dar.

Provocas tal situação e depois queres sair ileso, são e salvo. Como se nada tivesse acontecido, e - ainda pior, oh, muito pior! - como se não tivesses nenhuma parcela de responsabilidade no ocorrido.

Você age como o Estado que se acha muito bom e caridoso por pagar a minha pensão com a pensão que recebo pelo atual estado em que me encontro. Você me subjuga, humilha-me, transformas-me em um garrancho, em um elemento mau, mau e mal acabado. Transformas-me em um chico buarque qualquer. Um Maracanã sem a folia futebolística, nem um show do Rush em 2002.

você me transforma naquilo que bem queres. Ah, mas e daí se eu fico me sentindo um idiota? Se eu perco o meu resto de dignidade que eu guardava na esperança de compartilhar com os meus filhos vindouros? O que você perde se eu perco até mesmo a coragem de me olhar no espelho? Deixe que as coisas transcorram dessa forma! Não se importe se a vergonha domina o meu ser.

Só posso parabenizar-te. Fazes exatamente o que eu deveria fazer contigo desde o começo da nossa conturbada relação. Deveria fazer jus às minhas costeletas vermelhas.

Durma-se com um barulho desses? Pois o meu sono está pra lá de atrasado...

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