segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

cajum

Chiquiho & Marieta viviam em um comcumbinto pra lá de estável há mais de três décadas. Tiveram filhas que se espelhavam na sagacidade e sabedoria dos pais. Moravam felizes e contentes no seu condomínio fechado na Barra da Tijuca. Um belo dieta Chiquinho estava voltando com sua companheira do jogging quando o vigia na guarita o chamou:

"Chiquinho, teve uma senhora o procurando. Ela esteve aqui há uns quinze minutos".

Chiquinho, que não esperava nenhuma espécie de visita, perguntou ao guariteiro de quem se tratava.

"Ah, ela deixou aqui um papel com o telefone, e pediu pro senhor ligar com urgência. É um nome estranho, Poeniques..."

Memso com a pra lá de repreensível pronúncia do guariteiro, Chiquinho logo descobriu de quem se tratava. Mesmo com a terrível sensação de gato que quebrou a jarra, ele encontrou forças para corrigir educadamente o guariteiro:

"Ah, sim. Escreve-se Phoenix, mas pronuncia-se Fênix.Vem da mitologia"

"É?" disse incrédulo o guariteiro. "Não foi isso que ela falou não. Ela disse que te conheceu há muitos e muitos anos atrás, nas domingueiras em Madureira, onde voc~es moravam na mais tenra juventude".

"Madureira? Ah, não. Me desculpa, meu rapaz, mas há algum engano aí. Eu sempre morei aqui na Barra da Tijuca, desde criancinha. Entenda bem uma coisa, ô falador de Poeniques, EU NÃO SOU UM EMERGENTE!!", disse Chiquinho com as veias quase estourando do seu pescoço, e os olhos cor de ardósia com uma expressão que chegava às raias da crudelidade.

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