sábado, 24 de janeiro de 2009

usufuto dos capitães de aveia em flocos finos Quaker

"Como é que é? Repita isso se tiveres coragem! Nunca foste nem um pouco infiel? Jura? Olha, eu aceitaria qualquer coisa sem maiores problemas, mas isso..."

E assim começou a conversa. Imagine onde isso não deve ter parado. Ainda bem que eu estava de passagem. Passei muito rápido pelo local. Tudo o que eu consegui escutar foi isso, por mais que eu esticasse a orelha, como bom fofoqueiro que sou.

Por mais vexaminoso que seja, devo admitir que esse fragmento de discussão marido/mulher me deixou encucado pelo resto do dia. Nas minhas vastas horas de ócio fiquei a reconstituir mentalmente o tal arranca rabo, e fiquei tentando imaginar como teria sido o início e o fim dessa baixaria toda. O que eu imaginei foi algo mais ou menos assim:

Da época do Nelson Rodrigues até hoje houve toda uma mudança de valores e dos códigos de moral e ética. De forma que é fácil compreender que o que antes era espeto atualmente é batata, e vice-versa. E se antes o jacaré se contentava em apenas abraçar, hoje em dia ele faz coisas mais alarmantes do que o povo da Jamaica fez com a Anita Pallemberg em 1973.

Sendo assim, e totalmente desavisado sobre todas essas mudanças comportamentais da nossa sociedade, Humberto ( nome meramente fictício, uma vez que não ouvi e por isso mesmo não sei o nome de nenhuma das duas partes do entrevero) tentou agradar e botar a sua cara metade nas nuvens ao bater com a mão no peito e afirmar ( se é verdade ou não, aí é com ele) que nunca, em sabe-se lá quantos anos de casamento, namoro, tico-tico no fubá e/ou outros bichos, pulou a cerca para montar à lambreta alheia. Mas foi pego de surpresa pela consciência prafrentex daquela que o ampara sentimentalmente. E assim que ele falou que nunca isso e nunca aquilo, ela soltou a sentença do início do meu parecer.

A humanidade deve ter mudado mais nas últimas cinco décadas do que em todo o período de existência humana na Terra que o antecedeu. Por mais boboca que possa parecer, é só pensar em Beatles e Rolling Stones. Goste ou não (vai entender... tem gente que não gosta nem de pudim, como já dizia o saudoso Sebastião Rodrigues Maia, o Júlio Bugoricim Imóveis ambulante), é impossível negar que fica para todos nós a estranha impressão de que eles sempre estiveram por aí, tamanha a sua influência na sociedade (pelo menos) ocidental. Ainda que eles tenham chupado isso e aquilo das mais que cativantes culturas orientais, mas isso não tira nem um pouco do mérito das celebridades em questão. Com eles tudo mudou: o jeito de se vestir, de transar o corpo e o cabelo, a maneira de falar, de ver o mundo que nos cerca e inclusive (dizem alguns) o design de automóveis. Sinto muito, mas não consigo relacionar o DKV ou o Subaru à beiçola do Mico Jegue (sic) ou à nareba do Ringo Estar (sic de novo. E dá-lhe Led Zeppelin...) ou as orelhas do George Harrison. A única relação que consigo ver entre os Beatles ( e aí relego os Stones a um luxuoso segundo plano) e os automóveis é o Harrison Ford. Viu como uma coisa puxa à outra? Ou com a taturana do John lennon, ou com o semblante "síndrome de Down" do Brian Jones, ou com a cara de pato do Charlie Watts, ou com a bunda de mussum do Por uma carta (sic sic sic)... e por aí poderíamos nos extender por vários dias...

"E a estória lá do casal bate-bate? Como termina?", você me pergunta. Ah, o final é simples e qualquer um pode entender e se divertir com ele. Ele, ao perceber o amargor dela, vira para ela e fala apenas quatro palavras:




"Rá! É pegadinha do Mallandro!"

Um comentário:

ELENA BARROS disse...

kkkkkkkk Cara, muito bom! Agora o Fusquinha em inglês é Beetle né? Já tem um q de x na questão...