quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

a moderneira

Assim como o pra lá de ido poetinha Carlos Dimõ de Andrade demonstrou o seu aval intelectual ao então nascente (aqui no Brasil, aos olhos da grande mídia) movimento punk lá pelas plagas de final dos anos 70 / início da década de oitenta, Francesco Buarq d'Ollaynez Morelembaum III (sim, ele mesmo, o Chiquinho) levantou aos quatro ventos a bandeira do movimento House e da música dance de uma forma geral lá pelo finalzinho dos anos 80, mais exatamente em meados de 1990.

O que pouca gente sabe (ou pelo menos demonstra ignorar, por conveniência ou não, vai saber...) é que antes mesmo de gravar o divisor de águas de sua carreira, o CD Paratodos & Zé Trovão, a volta de Tutti-Frutti, Chiquinho teve discussões mais que acaloradas com o pessoal da gravadora RGE, pois ele queria porque queria lançar o seu próprio disco de música dance, seguindo as tendências mais modernas do período.

Nessa época era fácil encontrar o meu, o seu, o nosso Chiquinho até altas horas da madrugada na boite Help! cheirando até ficar azul e balançando ininterruptamente o seu corpinho delgado ao som do mais infernal dos chacunduns. Foi nessa época em que o recém-desquitado Chiquinho fez a festa dos baluartes da imprensa marrom, com pérolas como essa: " Bicho, o House é a nova pipoca da juventude, e eu sou extremamente jovem! É música pra ficar doidããã~~aããão..."

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