terça-feira, 14 de abril de 2009

topo da geada

Se você é um autêntico colecionador de discos, especialmente os de vinil, sabe que não há nada como escutá-los em suas edições originais, os discos da época mesmo. E quando falamos em época, automaticamente pensamos em anos 60, o que nos remete aos reis desse período, os Beatles.

Nas primeiras vezes que ouvi vinis dos Beatles da época reparei logo umas ligeiras crepitações, uns estalados aqui e ali. Imaginei logo que isso se devesse à ação do tempo. E realmente, observando o disco, podíamos ver algumas marcas nele, uma espécie de Lúcio Mauro mesmo.

Mas, alguns anos depois, tive acesso a algo completamente diferente. Uma edição do Rubber Soul, de uma tiragem lançada poucos meses depois de seu lançamento, e com o vinil pretinho, pretinho, sem nenhuma marca. Parecia até que o disco tinha sido fabricado ontem. Decerto que o dono era homossexual de tão cuidadoso. Mas, voltemos ao disco.

Botei logo o tal disco na vitrola, e qual não foi a minha surpresa ao ver que as mesmas crepitações estavam lá? Fiquei intrigado. Mas nada que uma boa pesquisa não esclarecesse. Depois de muito pesquisar, fiquei sabendo qual era a origem daquele crepitar. Devido a um problema de isolamento de som no estúdio 1 da Abbey Road, vazou o som de George Martin fritando umas sardinhas na cozinha ao lado do estúdio, durante as gravações do primeiro LP do quarteto. Eles acharam tão intrigante e gear (segundo os próprios) que resolveram deixar a porta do estúdio ligeiramente aberta nas gravações seguintes, com George martin novamente fritando sardinhas ao longo desse processo.

Daí para outras bandas copiarem a idéia foi um pulo. E haja peixe, e haja Pink Floyd.

Um comentário:

ELENA BARROS disse...

Muito interessante! Gererê tb é curtura!