Um amigo chega para o outro, no meio de uma discussão sobre música rock e diz:
- Ah, sim, eu adoro o Led Zeppelin, mas o que eu amo mesmo é Tool!
- Você quer dizer como amigo, ou no sentido proibido de amor entre pessoas do mesmo sexo?
- Como é que é?
- Ué, você acaba de dizer que me ama. Fico até emocionado pela consideração, mas infelizmente terei que cortar o seu barato, pois o meu negócio mesmo é mulheres do sexo feminino. Desculpa, cara. Mas que continuemos sendo os mesmos bons amigos de sempre, certo?
- Não , cara. Que absurdo! Eu também só gosto de homem pra ser amigo, e nada mais. Eu tô falando da banda!
- Ah, sim! Eu também acho foda o Tull! Principalmente os 4 primeiros discos, até o Aqualung. Se bem que o War child é um disco mais do que interessante. Eles deram uma urbanizada no seu som nesse disco, mas sem perder a sua grande qualidade musical.
Nessa hora chega na sala o pai do rapaz que adora o Tool. Cumprimenta o amigo do seu filho e, empolgado, fala com propriedade sobre a banda inglesa:
- Então você e um fã ardoroso do Jethro Tull, hein? Acompanhei a banda com emoção até o lançamento do A, em 1980. Eu tinha todos os discos. Mas, sei lá, enjoei, sabe? Os trabalhos que eles lançaram de Bradsword and the Beast em diante, e outras circunstâncias da minha vida, fizeram com que eu ficasse um bocado desgostoso e vendesse esses discos por preços irrisórios para aquele sebo que tinha ali na Pau-Ferro, o Papel & Vinil. Hoje em dia eu sou fanzaço do Slash.
- Poxa, pai. Que decadência, hein? De Martin Lancelot Barre pra Saul Hudson o seu critério de avaliação caiu muito , hein? Daqui a pouco você vai me dizer que vai lá nas lojas de disco da galeria da Saenz Pena procurar discos do Zebra!
- E por que não?
- E por que sim?
quarta-feira, 8 de abril de 2009
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Um comentário:
Morro de medo dessas amizades gregas...
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