sexta-feira, 17 de abril de 2009

cinto de couro trançado , senhor, não é uma carta de amor

Siribango nasceu e foi criado em Salvador, na bahia. Fala isso com muito orgulho, e diz para toda e qualquer pessoa que é grande a sua habilidade em dar estrelas no ar. Cruz em credo , eu tenho medo de Siribango!

Bem mais tranqüilo é Edgard, o seu irmão gêmeo que mora em Maceió. Nem parecem irmãos, a não ser pela extrema semelhança física. Edgard preza muito mais os seus dotes intelectuais, que não são poucos. Quando os professores orgulhosos diziam estar diante de um novo Rui Barbosa eles não estavam sendo irônicos ou cínicos. O que quer dizer que, ao contrário do que diz a canção popular, por trás dessas linhas há algum resquício de verdade. Verdade bem verdadeira.

Faz pelo menos uns bons dez anos que esses dois irmãos não se encontram. Siribango, muito mais explosivo emocionalmente, às vezes desata em lágrimas ao lembrar de seu querido irmão, e em meio a tal pranto não para de repetir o quanto sente saudade de Edgard. Já Edgard, com toda a sua fleugma britânica (apesar de ser soteropolitano), diz que tem grande estima e afeto pelo seu irmão, mas que é indubitável que sua paz de espírito fica bem menos abalada quando o seu irmão poucos segundos mais novo está a uma distãncia segura. Em seguida emite um ligeiro suspiro e complementa com um "Ah, esse menino..."

Um comentário:

ELENA BARROS disse...

Saudades do telefonema noturno?