sábado, 25 de abril de 2009

filosofia ordinária

Sinto-me devidamente habilitado para tratar deste assunto aqui agora, enquanto autoridade máxima no que diz respeito ao bome velho rock and roll.

As pessoas me perguntam: por que insistir em reavivar a chama do rock and roll setentista? Vale a pena tocá-lo de forma cuspida e escarrada em pleno ano de 2009, mesmo correndo o risco de que as músicas fiquem muito parecidas entre si? e eu respondo que com certeza vale. E a quem indaga-me sobre esse assunto faço questão de explicar.

Foi durante os mil novecentos e setentas (como dizem os norte-americanos), especialmente na sua primeira metade (o período englobado entre primeiro de janeiro de mil novecentos e setenta e um e trinta e um de dezembro de mil novecentos e setenta e cinco) que o rock and roll chegou aos seus extremos no que tem de mais importante. Por exemplo, foi nesse período que o fanfarrão foi mais fanfarrão, o pesado foi mais pesado e o sério foi mais sério. Não vamos confundir seriedade com a melancolia e a pose de "Ah, sou mais triste até mesmo do que uma cabra!" do chamado grunge dos mil novecentos e noventas, e que deixaram filhotes e defensores ferrenhos até os dias de hoje, acredite se quiser.

Afinal, como bem disse um amigo meu: se for para espelhar-se e/ou copiar o som de uma década, que seja da década de setenta.

Mas, fazer o que, né? Tem gente que não gosta nem mesmo de Pink Floyd. Tem gente que despreza e faz pouco caso de bastiões como AC/DC e Slade. Tem gente que acha ruim a sonoridade das baterias nos discos gravados nesse período (acredite se quiser). E, pra fechar com chave de ouro, tem gente que prefere o Iron Maiden com o Bruce Dickinson nos vocais principais ao Jairo Almeida com o Paul D'Ianno. E os mais radicais que preferem a fase com o Blaize Balley.

Um comentário:

mussorgsky disse...

é realmente irritante essas "prisões" que as pessoas fazem de seus próprios gostos. ontem vi uma banda que tocava Punk Rock / hardcore com uma guitarra semi acústica, estilo Gibson. será que o Punk precisa disso? um som Punk é expressão de liberdade, pra quê ele deveria fazer questão de empunhar uma guitarra tão cara pra fazer acordes em ré? ou seja: critica os anos 70 sem entender o que ela significa, daí ficam mistruando "aparências" apenas por gosto visual.