sexta-feira, 10 de abril de 2009

Ravel 2000

Eram dois meninos. Olhando de longe poderíamos até dizer que eram os tais dos meninos no vagão, da canção de Jorge Vercilo. Aquele do Homem Aranha.

Na verdade eles nem era tão meninos assim. Ambos já estavam bem entrados nos vinte anos, beirando os trinta, inclusive. Eram simplesmente inseparáveis. Ond eestavam um, era impossível não dar de cara com o outro. Semblantes que chega se mesclavam. Tipo John Lennon e Paul McCartney, feijão e arroz, goiabada e queijo prato, manga Tommy e uva Thompson.

Dia desses, só para variar, os dois amigos estavam juntos, na casa de um deles. Estavam eles dois e mais o pai de um deles. Nem vale dizer de qual deles era a casa e o pai, isso não vai interferir em nada em nossa narrativa. Além do que, se eu nem mesmo sei o nome dos dois, quanto mais saber de quem era a casa, né?

Voltando à estória:

O pai anteriormente citado disse algo engraçado e os dois guris puseram-se a rir com gosto. O pai parou, observou, e depois comentou:

- Caramba, pasmei-me. Com a conviv~encia pra lá de acirrada vocês ficaram muito parecidos. Até as suas risadas em uníssomo são indistinguíveis.

Os dois meninos do vagão pararam meditabundos, sem saber se aquilo era um elogio ou um veto. E foi exatamente isso o que perguntaram, os dois juntos. E receberam essa resposta:

- Acho bonita essa amiga que de grega não tem nada. Mas agora vocês realmente me assustaram! Não até que até as falas do grande Teatro da vida vocês reproduzem juntos? Olha, vamos fazer o seguinte. Acomodem-se, assistam um pouco do programa favorito de vocês na TV. Mas, muito importante, não saiam daí!

E foi correndo pro seu quarto pro telefone, chamar um padre.

Um comentário:

ELENA BARROS disse...

Isso tá ficando sério...tô ficando com medinho...