quinta-feira, 9 de outubro de 2008

ludo e víspora, sorvete quente...

Se me chamassem para ser dublê, eu não gostaria. Não é só pelo fato de eu ter um grande medo de altura, e ser portador de uma notável covardia. Mas o que acontece também (eu disse também) é que eu não me sentiria muito confortável fazendo parte desse grande circo do entretenimento. Por maior que fosse a oferta oferecida, pois lamento informar que eu não estou à venda. sou o fruto das misturas de todas as raças do mundo. Sou a síntese perfeita do que é o povo brasileiro. Sou portador até mesmo de um ufanismo babaca que beira a febre nacionalista. Eu tenho a triste mania de pôr o meu país acima de todos os outros. Não basta apenas amar e respeitar a pátria. Isso é muito pouco pra mim, que não bebo Coca-Cola porque é americana. Não escuto rock and roll porque é americano. Não masco chiclé porque é coisa de americano, e acho que jazz não existe. É coisa de americano babaca. Sou muito mais Ademir Lemos do que James Brown. Sou muito mais Marcos Mena do que Jim Morrison. Sou muito mais Dercy Gonçalves do que Betty Midler. Sou muito mais Marcos Valle do que Peter Fonda. Sou muito mais o Ferrugem do que o Jack White. Sou muito mais o Luiz Melodia do que o Quincy Jones. Sou muito mais Gordurinha do que Billy Cox. Sou muito mais Tonho Matéria do que Frank Zappa. Eu sou mais vocêêêêêêêêêêêêêêê...

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