terça-feira, 30 de junho de 2009

o Roger Waters era muito feio

Imagine a cena, a situação.

Nóbrega estava sentado no banco da praça lendo o seu jornal, quando de repente, por descuido, o seu celular cai do bolso de sua calça semi baggy. Automaticamente, ao ouvir o barulho, ele olha para baixo, e ao ver o seu telefone móvel caído no chão estica-se como pode para reavê-lo. Porém, uma voz exclama:

- Não precisa se preocupar, deixa que eu pego.

Logo ele percebe que o dono da tal voz é um rapaz de garboso trajar (gabardine, por sinal)e maneiras muito polidas. Ou seja, um tipo acima de quaisquer suspeitas que sejam. Nóbrega sente até um certo alívio, pois do jeito que esta cidade anda...

Mas a sua alegria e o seu alívio pouco duram. O citado rapaz, ágil como um gato (embora logo percebamos que trata-se na verdade de um gatuno, quiçá uma ratazana em disfarces), pegou o aparelho móvel do senhor Nóbrega e, andando tranqüilamente, passou reto por ele, sem devolver-lhe o seu bem. indignado, Nóbrega logo reclama:

- Ei, não devolver-me-ás o aparelho de telefonia móvel? agora fiquei de fato pasmo! Falaste com tanta polidez para eu deixar que pegasses!

- Ué, e foi o que eu fiz. Não fui incoerente em momento algum. Eu disse que iria pegar o seu aparelho de telefonia móvel, e foi o que fiz.

- Ah, um ladrãozinho, é? Vou chamar aquele policial ali! Guarda Juju!!

O nobre paladino urbano não se fez de rogado e partiu à caça do bandidinho. montou no seu patinete motorizado, novo acessório gentilmente cedido pela Polícia da cidade. Mas, para infelicidade de todos (a não ser do bandido), o mobilete do guarda Juju bateu no mobilete de um outro policial que estava na praça, e ali terminou a perseguição.

Lamentável, pois a distãncia do bandido era tão ínfima que em poucos minutos os policiais o pegariam.

(baseado em fatos reais)

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